Há sempre motivos para visitar Roma e quem não os tiver facilmente os arranja. A Semana Santa é simbolicamente rica para o mundo católico, e Roma é o centro de todas as peregrinações. Já por si a cidade é um museu ao ar livre, conservando inúmeras ruínas e monumentos na parte antiga da cidade, especialmente da época do Império Romano e do Renascimento. Dentro desta zona encontra-se o Vaticano, o estado independente mais pequeno do mundo.
Esta semana assistimos na Basílica de São João de Latrão (considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo), à fase final diocesana do processo de beatificação de João Paulo II. O seu túmulo encontra-se numa das criptas da grandiosa Basílica de São Pedro, que se tornou por si só um santuário visitado diariamente por quase 20 mil fiéis de todas as nacionalidades, atinge aos fins-de-semana os 25 mil visitantes. O túmulo de mármore branco emociona e, segundo as estimativas oficiais, a maioria dos visitantes vem dos Estados Unidos, China e Japão. Muitos peregrinos depositam flores, medalhas, fotografias, rosários, e cartas aos pés da sepultura, em sinal de amor e devoção ao “Papa Wojtyla”.
Existem imensos locais obrigatórios numa visita a Roma. O Museu do Vaticano é hoje um conjunto de vários Museus, entre eles: o do Cristianismo, Arte-Sacra, das Esculturas, e a Biblioteca cristã. A Capela Sistina está situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa. Inicialmente projectada para ser um projecto modesto destinado ao culto particular dos papas e da alta hierarquia eclesiástica, contudo, fruto de uma época de expansão política e territorial da Santa Sé, viria a tornar-se numa das maiores obras de arte, tendo contribuído, entre outros Michelangelo e Rafael. A celebridade desta capela também se deve ao facto de nela se realizarem os conclaves para a eleição do Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana. Outros monumentos de visita obrigatória passam pelo emblemático Coliseu, os vários fóruns romanos (ou praças monumentais), as inúmeras igrejas, as fontes (sendo a Fontana de Trevi a mais famosa), a Via Veneto, o Panteão de Adriano (com 2 mil anos), o Arco de Constantino entre muitos outros. As Catacumbas também fazem parte do grande conjunto monumental, outrora local de sepultura dos cristãos de Roma, hoje somente algumas estão abertas ao público.
Uma visita a Roma requer sem dúvida uma preparação especial para se poder usufruir em pleno da riqueza monumental e histórica. Costuma-se dizer “Quem tem boca vai a Roma” e se calhar é por isso que Roma permanece uma das cidades culturais mais visitadas do mundo.
Editado no Jornal Diário Regional de Viseu
em 05 de Abril de 2007