O presidente Obama está empenhado em mudar a imagem que o mundo tem dos EUA. A provar isso está a proximidade e mudança de atitude perante alguns países da America latina como o Brasil, Venezuela e Cuba. Este último, permanece como a grande “pedra no sapato”. A história remonta ao ano de 1819, quando os EUA tinham apenas 40 anos de idade e desejavam esta Ilha para si. Depois veio a revolução Cubana, de 1959, a ilha deixou de ser a “pérola”, sem deixar de ser objecto de desejo dos americanos. O governo revolucionário que se seguiu assumiu o comando da economia e da política externa, provocando uma reacção imediata e violenta dos Estados Unidos. Primeiro, foi o “embargo económico”, em 1960, e logo depois, a ruptura das relações diplomáticas, em 1961. Em seguida, o governo Kennedy promoveu e apoiou a frustrada invasão da Bahia dos Porcos, expulsando Cuba da Organização dos Estados Americanos. No início, os Estados Unidos justificaram a sua reacção, como defesa das propriedades americanas expropriadas pelo governo cubano, em 1960, e como contenção da ameaça comunista, situada a 145 quilómetros do seu território. Mas depois de 1991 e do fim da URSS e da Guerra Fria, os Estados Unidos mantiveram e ampliaram a sua ofensiva contra Cuba, só que agora, em nome da democracia. No auge da crise económica provocada pelo fim das relações preferenciais com a economia soviética, entre 1989 e 1993, os governos de George Bush e Bill Clinton, tentaram um xeque-mate contra Cuba. Proibiram as empresas norte-americanas de negociarem com os cubanos, e depois, impuseram sanções às empresas estrangeiras que tivessem negócios com a ilha, por meio da Lei Helms-Burton, de 1996. Os dias que correm são de grandes mudanças, mesmo tendo Fidel a dizer que não precisa de estender a mão a pedir esmola, é visível a vontade de abertura aos EUA, deixando de serem vistos apenas como um símbolo de resistência.
O Turismo sempre foi uma das principais fontes de rendimentos. Cuba volta a ser um destino de moda em 2009, talvez gerado pela curiosidade de se viver os últimos dias de um pais que parou no tempo. Em Havana, os carros nunca morrem, mesmo quando faltam peças alguém as “inventa”. Não existe publicidade apenas propaganda política “Che, tu ejemplo VIVE tu ideasperduran” ou “Hasta la victoriasiempre”. À noite as ruas são pouco iluminadas. Faltam os néons e as montras iluminadas. A marginal de Malecón com mais de 7 km é o monumento do povo, onde em noites claras se consegue avistar as luzes de Miami e onde os havaneses se despedem todos os dias do Sol. Estará para breve a tão desejada abertura de Cuba ao mundo.