Project Description
«Todo o estudante de Coimbra traz,
no baú do regresso, um livro para escrever.
Se não o escreve, é porque as realidades
da vida lhe vão rasgando os sonhos como
fotografias velhas.»
Camilo de Araújo Correia1, in Coimbra minha
A velha Universidade de Coimbra não era apenas o hieratismo sapiencial dos capelos, nem o aturado estudo (que remédio!…), muitas vezes «d’aflição», em épocas de frequências e de exames finais. Coimbra era também a vida buliçosa, e muito “sui generis”, de uma cidade que tem o condão de permanecer “menina e moça”,sempre jovem através dos séculos, porque jovens são a maioria dos habitantes que lhe dão vida: os estudantes, nas suas capas negras e no viço da primavera da vida.
Assim, tudo acontecia em Coimbra e havia horas de tudo: desde o estudo intenso (o menos recordado, depois, pela vida fora) até aos amores incendiados, passando por uma boémia folgazã, hilariante, irisada de uma graça pícara e simultaneamente inocente, como só lá!…
Em Coimbra!