Ontem foi feriado dia 7 de Junho 2007, data em que entrou em vigor o Decreto-Lei 173/2007 de 08 de Maio, que veio pôr fim à anarquia de preços verificados nas campanhas publicitarias das companhias aéreas, operadores turísticos e agências de viagens.
Um dia passado e já são varios os pareceres que circulam criticando e afirmando que este decreto Lei, demonstra que o Governo tem “total falta de conhecimento da mecanica das actividades” dos referidos agentes turísticos.
Comprende-se que tem de haver sempre alguem a fazer este papel, e que existe sempre resistencia às mudanças. Mas temos de admitir que o nosso sector e falo como agente de viagens, porque vendemos ao consumidor final, estava totalmente descontrolado. É descabido informar que um pacote de férias para o Brasil (por exemplo) custa 499,00 euros + 200 euros de taxas e suplementos. Ainda mais ridiculo que isto, recordo hà uns dias estar a fazer um preço a um cliente atraves de uma brochura, já ia numa quantas alineas sempre a somar suplementos e taxas, quando aparece uma alinea que diz “outros suplementos + 50,00 euros”. Bom, “outros suplementos”? isto demonstra ao nivel que estavamos a chegar. Quase parece que estamos a sacar dinheiro ao cliente e na pratica estamos porque não temos justificação para esses “outros suplementos”. Transparência aqui não existe! Acabemos então com esta pratica.
E todos sabemos que tambem as companhias aéreas entraram na guerra de preços para fazerem frente às agressivas campanhas de Marketing das Low Cost. Preço de um bilhete 80 euros + taxas de aeroporto e combustivel 90,00 euros, valor publicitado 40 euros por viagem! Quando na verdade o valor a pagar pelo cliente seriam os 170,00 euros.
Sejamos justos, não vejo outro sector onde a forma de publicitar os preços seja completamente enganosa. Como consumidor final não gosto de me sentir enganado, gosto de saber logo qual o preço final que o produto ou serviço que pertendo me vai custar. Posso até aceitar uma pequena variação, mas tem de ser bem explicada e se houver valor adicionado melhor, mas não aceito “espertices”.